Vale pedir emprestado a blusa da irmã, a maquiagem da mãe e o salto alto da tia. Vale também comprar a fantasia e se produzir. O objetivo: tornar-se uma "virgem" e desfilar pelas ruas de Pirangi. Foi esse o clima que marcou a tarde/noite na praia do litoral sul do Estado nesta segunda-feira (20). A animação tomou conta e não faltaram brincadeiras e irreverência entre as "meninas".
As perucas eram louras, ruivas e roxas. As blusas eram apertadas e decotadas e os shorts, curtos. O rostos se encheram de blush, sombras, rímel e batom. As "virgens" de Pirangi se concentraram na praça principal da praia para dar início ao desfile que elegeu a rainha. A brincadeira que começou há 26 anos tomou agora grandes proporções e angaria cada vez mais integrantes.
O professor universitário Raimundo Antunes, 62, foi o pioneiro entre as "virgens". Integrante e organizador do tradicional Bloco do Cajueiro, ele queria algo que desse menos trabalho e trouxesse mais diversão. "Foi quando um certo dia nos vestimos de mulher e saímos pela rua. Foi uma grande festa que todos começaram a repetir. Hoje, a brincadeira está desse tamanho aqui", afirmou Antunes.
Mesmo sendo responsável pelo evento, o professor da área de Educação Física também se fantasiou. "Sou a Dilma do Cajueiro. Tenho grandes projetos, como levar o maior cajueiro do mundo para os parrachos", disse repleto de irreverência. O desfile para eleger a mais bela "virgem" teve início às 16h30 e atraiu a população, que aplaudia os candidatos favoritos.
A grande vencedora foi Sincreide Valquepeida. A personagem que demandou intensa produção por parte do professor de dança André Batista, 30 anos, caiu no gosto do público e dos que avaliavam as performances. "É o terceiro ano que participo, sempre como nega maluca temática. Esse ano vim de cangaceira e deu certo", disse. Além da campeã, outras candidatas passaram pelo palco em Pirangi. Com alegria, ironizavam políticos e outras personalidades.
Fonte: TN
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